quinta-feira, 22 de agosto de 2013

DRAVE - Ser Caminheiro é servir a sorrir!



Depois de 5 dias de Acagru, em Serpins, Lousã, a trabalhar como chefes de sub-campo, os caminheiros do Clã 70 – S. Francisco de Assis do Agrupamento 412 – Alfragide, Filipe Fonseca, Gonçalo Augusto, Carolina Moreira, Miguel Rocha, João Afonso, Pedro Amaral, Sara Nora, Hugo Rebelo, Diogo Barreto e Inês Ferreira na companhia da animadora Inês Amaral, partiram para Coimbra onde apanharam o autocarro em direcção a S. Pedro do Sul. Já passava das 18:30h quando chegámos à cidade, depois de 2 horas de viagem tínhamos à nossa espera 3 viaturas que nos levaram até Drave. Acabámos por parar no cimo da aldeia da Pena para apreciar a paisagem. Já estávamos tão perto do destino final que a expectativa começava a aumentar. Estávamos todos ansiosos por chegar à BNIV, à aldeia de que todos os caminheiros tanto falam.



Quando chegámos ao limite onde os carros podem ficar, pegámos nas nossas mochilas e partimos à descoberta. À medida que descíamos para a aldeia e nos sentíamos cada vez mais perto, o ritmo cardíaco acelerava, começaram os assobios e os gritos para ouvir o eco e as brincadeiras de quem está feliz e se sente parte da paisagem.


Passamos pelas casas de banho e percebemos que tínhamos chegado. Como não estava nenhum membro do staff começámos à procura de um local para acampar. Sabíamos que havia locais específicos para o efeito, e depois de nos cruzarmos com os escuteiros do 1177 – Famões, decidimos ficar no campo ao lado da lagoa.


Como estávamos todos exaustos fomos dormir para acordarmos mais frescos e assim aproveitar a actividade ao máximo.


No dia seguinte, usamos o tempo a explorar a aldeia, abrimos todas as portas existentes, vimos todos os cantos que Drave tem para oferecer e testemunhámos as mensagens e memórias que os clãs que por lá passaram deixaram.


A lagoa acabou por ser a nossa salvação, dado o imenso calor era um ponto de passagem obrigatório todos os dias.


Para a noite estava marcada uma reflexão e partilha na ‘Casa do Fogo’ que proporcionou um ambiente espectacular e a conversa tornou-se mais pessoal.


O terceiro dia estava destinado ao serviço. Como o nosso programa era o Vale, começámos o dia com a leitura do texto ‘Há mãos’ e motivados começamos o nosso serviço. Tínhamos três trabalhos para fazer e como queríamos deixar a nossa marca em Drave estávamos muito empolgados por pôr mãos à obra. Os primeiros dois ficaram logo concluídos, apanhar lixo à volta do nosso campo e fazer uma tranca numa cancela. O terceiro era o que ia ser mais desgastante, mas ao mesmo tempo mais reconfortante. O objectivo era tirarmos umas pedras que estavam no caminho e pô-las por cima das outras pedras, mas achámos que podíamos refazer o muro original e assim foi, começamos por tirar todas as pedras do local e depois uma a uma começamos a colocá-las novamente, mas desta vez direitas para fazer um muro paralelo à estrada.


Depois da dinâmica das mãos e de lermos o texto ‘Rezar com os cinco dedos da mão’ constatámos que estávamos cansados, mas tínhamos cumprido o objectivo e senti-mo-nos todos realizados com o trabalho que tínhamos feito.


À noite foi feita a partida de dois caminheiros à luz das estrelas e de uma pequena vela, o que deixou o clã nostálgico, mas com vontade de atingir algo grande e especial no futuro.


No dia seguinte partimos para o raid, em direcção a Regoufe, onde conhecemos a Dona Fátima e tivemos o privilégio não só de observar as mais belas paisagens, como estar num local mágico, com escorregas naturais, cascatas e animais a passearem sozinhos. Para pessoas da cidade como nós tudo isto nos deixou maravilhados.


Aproveitámos a noite para falar sobre a mística do nosso Clã, a ‘Ordem do Dragão Vermelho’ e sobre o futuro das tribos que continuarão no Clã.


No quinto dia estava na altura de subir ao Cume e falar sobre o PPV, Caminhada e Carta de Clã a uma caminheira que se juntou ao nosso clã a meio do ano escutista e que ainda não tinha abordado estes assuntos. A subida ao cume foi cansativa, mas valeu a pena, a paisagem era magnífica e acabamos por rezar lá no alto a Oração do Lobito, a Oração do Escuta e por fim a Oração do Caminheiro.


À tarde, por volta das 19:00h os clãs presentes em Drave, reuniram-se no anfiteatro para a celebração, uma missa caracterizada por muita união e partilha.


Na última noite não podia faltar o fogo de conselho e aproveitámos para fazer a avaliação do ano escutista e da actividade em Drave e ainda houve tempo para um mergulho nocturno na lagoa.

No dia seguinte o ponto de encontro estava marcado para as 9:30h na placa de Drave, por isso tivemos de madrugar, desmontar campo, deixar o local um pouco melhor do que o encontrámos e partir depois da excelente actividade que tínhamos feito.

Sentimos que deixámos a nossa marca em Drave, para uma primeira vez, foi uma actividade cheia de partilha, serviço e muita união, e porque ser caminheiro é servir a sorrir, acabámos todos a actividade com um enorme sorriso estampado no rosto.


Ficámos todos com vontade de voltar e mostrar aos novos caminheiros que entrarem para o Clã a Base Nacional da IV.


Foi realmente uma experiência a repetir. Uma semana desligados do mundo, a viver de uma forma saudável e a saborear a natureza que nos rodeia.


Clã 70 – S. Francisco de Assis - 03.08.2013